Boas Vindas à Comunidade CPPA/FBV

Caríssimos(as) Amigos(as),

O objetivo deste Blog é, cada vez mais, fortalecer o senso de "comunidade" no CPPA...

A vida é corrida e não é fácil manter-se em contato. Isso é especialmente verdade para os(as) alunos(as), após a defesa da dissertação... São tantas as demandas, não é?

Mas gostaríamos que o sentimento fosse de "pertença"...
Uma vez CPPA, sempre CPPA!

Por gentileza, enviem material que considerarem pertinente, interessante, útil, ...

O primeiro conjunto de postagens será formado pelos depoimentos dos egressos da Turma 1. O objetivo é desenvolver um livro com as experiências de cada turma e o blog será uma fonte de feedback da própria comunidade...

Enfim, vamos utilizar a ferramenta e aprender com ela!
Bem-vindos(as)!
Sônia

sábado, 24 de maio de 2008

Colóquio de Moda

Eu e Carol Garcia, como coordenadoras do GT Moda e Marketing, gostariamos de convidar todos a enviarem artigos com resultados de estudos que passem pela temática proposta.

Um abraço a todos.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Você conhece os dirigentes da ANPAD?

http://www.anpad.org.br/sobre_direcao.php

Por ordem na foto, Professores Hudson Fernandes Amaral (Diretor Administrativo), Antônio de Araújo Freitas (Diretor de Acreditação), Carlos Osmar Bertero (Presidente) e Walter Fernando Araújo de Moraes (Diretor Científico).

Você conhece o "WEBQUALIS" da CAPES?

Quer preparar-se para publicar artigos em periódicos bem avaliados pela CAPES? Se assim é, vá ao WEBQUALIS e verifique as avaliações atuais de cada área do conhecimento... Pode pesquisar também pelo título do periódico e pelo seu ISSN... Se um periódico lhe parecer interessante e ainda não tiver sido avaliado na área do seu interesse, não significa que não tenha "valor" para essa área. Significa, apenas, que ninguém ainda naquela área publicou naquele periódico... Assim que houver publicação informada por um Programa de Mestrado ou Doutorado, o periódico será avaliado pelo Comitê da área específica. A nossa é "Administração, Ciências Contábeis e Turismo". A política da nossa área, para esses casos, tem sido respeitar ao máximo a avaliação dada ao periódico pela área que dele mais se aproxima... Não obstante, por vezes é feita uma avaliação específica do periódico.
Sinto-me à vontade para falar a respeito porque, na qualidade de representante da área e membro do comitê em diversos períodos, vivi essa experiência... Em caso de dúvida, deixe um comentário ou entre em contato... Farei o possível para esclarecer e/ou encaminhar às melhores fontes.
Não deixe de criar intimidade com o WEBQUALIS. Fica mais fácil decidir como orientar os seus artigos... Na coluna lateral direita deste blog, você encontrará links para as "instruções aos autores" de vários periódicos... Paulatinamente, irei enriquecendo essa lista. Também aceito ajuda... Na verdade, é muito bem-vinda!
Divirta-se!
Sônia


FONTE: http://qualis.capes.gov.br/webqualis/

Qualis é o resultado do processo de classificação dos veículos utilizados pelos programas de pós-graduação para a divulgação da produção intelectual de seus docentes e alunos. Tal processo foi concebido pela CAPES para atender as necessidades específicas do sistema de avaliação e baseia-se nas informações fornecidas pelos programas e pelo Coleta de Dados.

Esta base de dados ficará disponível constantemente no sítio da CAPES e constitui importante fonte de informação para as diferentes áreas do conhecimento.

A classificação é feita ou coordenada pelo representante de cada área e passa por processo anual de atualização. Os veículos de divulgação citados pelos programas de pós-graduação são enquadrados em categorias indicativas da qualidade - A, B ou C e do âmbito de circulação dos mesmos - local, nacional ou internacional. As combinações dessas categorias compõem nove alternativas indicativas da importância do veículo utilizado, e, por inferência, do próprio trabalho divulgado.

Note-se que o mesmo periódico, ao ser classificado em duas ou mais áreas distintas, pode receber diferentes avaliações. Isto não constitui inconsistência, mas expressa o valor atribuído, em cada área, ao que o veículo publica de sua produção.

No entanto, não se pretende, com esta classificação, que é específica para um processo de avaliação de área, definir qualidade de periódicos de forma absoluta
.

Você conhece o "Banco de Teses" da CAPES?

Pelo que pude perceber, faltam ainda as defesas realizadas em 2007 e 2008... As de 2007 devem estar sendo "alimentadas" no sistema, pois foram enviadas só no mês passado. As de 2008, da mesma forma, só deverão ser incluídas daqui a, mais ou menos, um ano. Mesmo assim, a base pode ser muito útil para localizar quem, no Brasil, está pesquisando os assuntos que lhe interessam... Vale a pena dar uma "olhada"...


FONTE: http://www.capes.gov.br/servicos/bancoteses.html


Banco de Teses


Objetivo:

Facilitar o acesso a informações sobre teses e dissertações defendidas junto a programas de pós-graduação do país. O Banco de Teses faz parte do Portal de Periódicos da Capes/MEC.

Como funciona?

Para este trabalho, a Capes disponibiliza ferramenta de busca e consulta:

Resumos
Relativos a teses e dissertações defendidas a partir de 1987. As informações são fornecidos diretamente à Capes pelos programas de pós-graduação, que se responsabilizam pela veracidade dos dados.

A ferramenta permite a pesquisa por autor, título e palavras-chave. O uso das informações da referida base de dados e de seus registros está sujeito às leis de direito autorais vigentes.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

CALL FOR PAPERS...

De: Organization and Management Theory Division Listserv [mailto:OMT@AOMLISTS.pace.edu] Em nome de Till Talaulicar
Enviada em: terça-feira, 6 de maio de 2008 07:49
Para: OMT@AOMLISTS.pace.edu
Assunto: [OMT] CGIR Special Issue on "Shareholder Activism"

Corporate Governance: An International Review – Call for Papers
Special Issue on “Shareholder Activism”
Deadline for Paper Submissions: March 31, 2009

Guest edited by:
Huimin Chung, National Chiao Tung University, Taiwan (chunghui@mail.nctu.edu.tw)
Till Talaulicar, Technical University of Berlin, Germany (t.talaulicar@ww.tu-berlin.de)

Corporate Governance: An International Review (CGIR) invites paper submissions for a special issue on shareholder activism. Whereas the phenomenon of activist shareholders has a rather long tradition in Anglo-Saxon countries, shareholder activism has become more prevalent in other governance environments, too. The popular business press extensively discusses the pros and cons of shareholder activism, but scholarly thought has yet to weigh in substantively. In particular, we are interested in learning more about the antecedents and effects of shareholder activism, as well as more in-depth understanding of the various forms and features of this phenomenon. Research questions that are of particular interest include the following:

  • Do corporate governance proposals advanced by institutional investors lead to better corporate governance and/or enhanced firm performance?
  • Do other shareholders and/or stakeholders get ignored when activist investors become more influential? What are the fiduciary duties of activist investors?
  • How do shareholder activists pick and influence their targets?
  • How do boards, and how should boards, respond to activist shareholders?
  • Is shareholder activism more effective than traditional governance mechanisms such as involved and independent boards or formal rules and regulations?
  • How do the laws vary from nation to nation regarding shareholder activism?

It is the tradition of CGIR to welcome a wide variety of theoretical perspectives and methodological approaches. Since the overarching mission of the journal is to develop a global theory of corporate governance, international comparative studies are especially welcome. Both national and international topics are appropriate for consideration, but priority is given to research which spans multiple governance environments. We also invite papers dealing with different types of activist shareholders such as pension funds, (socially responsible) mutual funds, hedge funds, sovereign funds, and private equity investors.

This list of topics is suggestive rather than exhaustive. We are open to a wide range of approaches from different disciplinary backgrounds (e.g., finance, management, economics, or sociology). Both theoretical and empirical work will be considered. In accordance with CGIR’s mission, we seek for research that is both rigorously done and relevant to practitioners and/or policy-makers.

Papers must be submitted via the CGIR website (http://mc.manuscriptcentral.com/corg) and should indicate that the manuscript is intended for this special issue. Contributors should follow the CGIR Author Guidelines (which can be found at www.cgir.org). The deadline for submissions is March 31, 2009. Papers will be subject to our standard double-blind reviewing process. It is anticipated that papers accepted for this special issue will be published in the last issue of 2009 or the first issue in 2010. For queries about this special issue, please feel free to contact the special issue guest editors, Huimin Chung (chunghui@mail.nctu.edu.tw) or Till Talaulicar (t.talaulicar@ww.tu-berlin.de).

Dr. Till Talaulicar
Technical University of Berlin
Department of Organization and General Management
WIL-B/2-2
Wilmersdorfer Str. 148
D-10585 Berlin
Germany
Phone: +49-30-314-25256
Fax: +49-30-314-21609
E-mail: T.Talaulicar@ww.tu-berlin.de

Você Sabe o que é o "Ciência Importa Fácil"?

FONTE: http://memoria.cnpq.br/importafacil/apresenta.htm


O que é?

Um serviço de credenciamento pelo CNPq de pesquisadores de todo o país para facilitar e agilizar a importação de bens destinados às pesquisas científicas e tecnológicas por eles coordenadas.

Quem pode se credenciar?
Em princípio, todos os pesquisadores vinculados a alguma instituição ou centro de pesquisa, com título de doutor ou perfil científico e/ou tecnológico equivalente.

Quais as vantagens?
O credenciamento, implementado em decorrência da alteração da Lei 8.010/90 pela Lei 10.964/2004, e regulamentado no CNPq por intermédio da Resolução Normativa RN-026/2005, estende para os pesquisadores, como pessoa física, os benefícios tributários e administrativos para importação de equipamentos e insumos. Até então, apenas instituições de pesquisa, sem fins lucrativos, podiam usufruir desses benefícios.

Quais os tipos de benefícios?
Os benefícios envolvem, dentre outros, a isenção dos impostos de importação e sobre produtos industrializados (IPI), a dispensa do exame de similaridade e o aumento para US$ 10 mil (anteriormente eram US$ 3 mil) do limite para aplicação do regime simplificado, tanto no licenciamento quanto no despacho aduaneiro para importação.

As importações acima de US$ 10 mil também estão isentas dos impostos, porém deverão ser processadas no regime normal de importação.

O CONFAZ-Conselho Nacional de Política Fazendária, por intermédio do Convênio ICMS 57, de 1º/7/05 (DOU de 5/7/05, seção 1, p. 19), autorizou a concessão de isenção do ICMS na importação de bens destinados a pesquisa científica, realizadas pelos pesquisadores credenciados e no âmbito de projeto aprovado pelo CNPq.
A exemplo do que vem ocorrendo com as entidades credenciadas (pessoa jurídica), os procedimentos para a isenção do ICMS são definidos pelas Secretarias de Fazenda de cada Estado da Federação, e o CNPq atesta tanto o credenciameto do pesquisador quanto a aprovação do projeto de pesquisa quando do deferimento do Licenciamento de Importação-LI ou do Licenciamento Simplificado de Importação-LSI (vide tópico Qual o primeiro passo para uma importação?).

O que posso importar?
A legislação ampara a importação de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem como suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários necessários à execução de projetos de pesquisa científica e/ou tecnológica.

Qual o valor das cotas de importação?
Ao contrário do procedimento adotado para as entidades credenciadas (pessoa jurídica), e considerando aspectos operacionais, o CNPq optou por não destinar cotas individuais aos pesquisadores (pessoa física), devendo os valores de suas importações serem deduzidos diretamente da cota global anual fixada pelo Ministério da Fazenda (US$ 250,0 milhões/ano)

Como fazer o credenciamento e quais os critérios?
• Pesquisadores com Bolsa de Produtividade em Pesquisa – PQ em vigor: já estão habilitados ao credenciamento, bastando que formalizem o pleito mediante a assinatura do Termo de Compromisso;

• Pesquisadores cadastrados no Sistema Lattes de Fomento (com currículo Lattes atualizado): preencher o Formulário On line de Proposta Ciência Importa Fácil/Solicitação de Credenciamento e aguardar comunicação do CNPq;

• Pesquisadores não cadastrados no Sistema Lattes de Fomento: preencher o currículo Lattes, preencher o Formulário On line de Proposta Ciência Importa Fácil/Solicitação de Credenciamento e aguardar comunicação do CNPq.

As análises dos pleitos de credenciamento submetidos via Formulário Eletrônico de Proposta são realizadas nas diretorias técnicas do CNPq, que consideram, além do projeto de pesquisa proposto, os seguintes aspectos do solicitante: vínculo institucional e regime de trabalho; titulação máxima e data da obtenção; publicação de artigos completos, livros e capítulos de livros; formação de recursos humanos (orientações de mestres e doutores); coordenação de projetos de pesquisa; produção científica, técnica e artística (patentes, softwares, produtos, processos, técnicas, prêmios, exposições, etc.).

Como o credenciamento é confirmado?
Os resultados das análises dos pleitos de credenciamento são comunicados entre 30 e 60 dias a contar da data de registro do Formulário Eletrônico de Proposta. Os bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq estão dispensados dessa etapa, sendo credenciados tão logo o CNPq receba o Termo de Compromisso assinado.
Uma vez credenciado, o pesquisador receberá do CNPq um número de credenciamento (920.xxxx/2004), com prazo de validade determinado, que será informado via e-mail, e seus dados estarão disponíveis para consulta no site do CNPq.

Qual o primeiro passo para uma importação?
Uma vez credenciado, o pesquisador deverá obter do fornecedor do produto a ser importado uma fatura proforma (proforma invoice) (**) e escolher o agente importador, que poderá ser a equipe de importação de sua instituição de vínculo, uma empresa de despacho aduaneiro ou o serviço Importa Fácil Ciência dos Correios.

O primeiro passo operacional de uma importação é o registro eletrônico do Licenciamento de Importação - LI no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior - Receita Federal), a ser feito pelo agente importador, e o número de credenciamento no CNPq deverá ser sempre indicado no campo Processo Anuente da tela Mercadoria desse licenciamento.

Ainda no Licenciamento de Importação, na tela Informações Complementares, deverão ser informados o título e a fonte de financiamento (com o número de processo no órgão de fomento) do projeto de pesquisa coordenado pelo pesquisador credenciado, no qual os produtos a serem importados deverão ser utilizados.

O CONFAZ-Conselho Nacional de Política Fazendária, por intermédio do Convênio ICMS 57, de 1º/7/05 (DOU de 5/7/05, seção 1, p. 19), autorizou a concessão de isenção do ICMS na importação de bens destinados a pesquisa científica, realizadas pelos pesquisadores credenciados e no âmbito de projeto aprovado pelo CNPq. Os procedimentos para a isenção do ICMS são definidos pelas Secretarias de Fazenda de cada Estado da Federação, e o CNPq atesta tanto o credenciameto do pesquisador quanto a aprovação do projeto de pesquisa quando do deferimento do Licenciamento de Importação-LI ou do Licenciamento Simplificado de Importação-LSI.

(**) vide as informações básicas que devem constar em uma fatura proforma.

Como é feita a análise do licenciamento de importação?
O Licenciamento de Importação é analisado no CNPq, em procedimento denominado anuência, e, dependendo da natureza do produto (fármacos, seres vivos, radioativos, explosivos, entorpecentes, etc.), por outros órgãos de fiscalização (ANVISA, VIGIAGRO, CNEN, Exército Brasileiro, Polícia Federal, etc.), denominados anuentes.

Depois de deferido o licenciamento, o que fazer?
Uma vez deferido o Licenciamento de Importação, o agente importador informará ao pesquisador para providenciar o pagamento e autorizar a remessa (embarque) dos produtos.
Quando da chegada da mercadoria no País, o agente importador providenciará a liberação alfandegária (desembaraço aduaneiro) junto à Receita Federal.

Importa Fácil Ciência
A seu critério, o pesquisador poderá utilizar o serviço Importa Fácil Ciência, que os Correios estão disponibilizando para remessas via postal, abrangendo todas as etapas do processo de importação. As informações poderão ser obtidas no site www.correios.com.br
.

O serviço Importa Fácil Ciência dos Correios é destinado especificamente aos pesquisadores e entidades de C&T credenciados, opera a partir da cidade de São Paulo/SP, e os contatos são: importacaospm@correios.com.br, fones (11) 2112-7284/7285/7232.








segunda-feira, 12 de maio de 2008

Já atualizou seu Lattes esta semana?

Amigos(as),

Buscando os currículos Lattes dos egressos do CPPA para registrar aqui, verifiquei que poucos estão atualizados e vários não existem na base...

Peço que todos(as) os discentes e egressos criem e atualizem sistematicamente seus "Lattes". É fácil, gratuito e "indolor"... Considero este currículo uma página profissional gratuita (oferecida pelo CNPq) e com elevada visibilidade, nacional e internacional.

Abaixo apresento o site onde é possível criar, atualizar e pesquisar todos os currículos da base e o texto disponibilizado sobre a Plataforma Lattes...


Comentários são muito bem-vindos.
Sônia



http://lattes.cnpq.br/


A Plataforma Lattes

A Plataforma Lattes representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de currículos e de instituições da área de ciência e tecnologia em um único Sistema de Informações, cuja importância atual se estende, não só às atividades operacionais de fomento do CNPq, como também às ações de fomento de outras agências federais e estaduais.

Dado seu grau de abrangência, as informações constantes da Plataforma Lattes podem ser utilizadas tanto no apoio a atividades de gestão, como no apoio à formulação de políticas para a área de ciência e tecnologia.

O Currículo Lattes registra a vida pregressa e atual dos pesquisadores sendo elemento indispensável à análise de mérito e competência dos pleitos apresentados à Agência.

A partir do Currículo Lattes, o CNPq desenvolveu um formato-padrão para coleta de informações curriculares hoje adotado não só pela Agência, mas também pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do País.

A adoção de um padrão nacional de currículos, com a riqueza de informações que esse sistema possui, a sua utilização compulsória a cada solicitação de financiamento e a disponibilização pública destes dados na internet, deram maior transparência e confiabilidade às atividades de fomento da Agência.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Turma 1 - Arnaldo Maçaira

Turma 1 - A Experiência de Realizar um Mestrado
Arnaldo Maçaira

O DESAFIO QUE PROMOVE A TRANSFORMAÇÃO É FRUTO DO ANSEIO DA CRIAÇÃO


A decisão de me submeter ao processo seletivo e à realização do Mestrado foi tomada mediante dois motivos essenciais: primeiro, sempre tive a intenção de me qualificar neste nível e, por isso, ao tomar conhecimento do mesmo através da própria Instituição que o promoveu, a Faculdade Boa Viagem, decidi, sem titubear, me lançar neste desafio, principalmente, por tratar-se de uma qualificação no âmbito da Gestão e da Administração, áreas profissionais que sempre me despertaram muito interesse. O segundo motivo referiu-se à questão da qualidade da certificação e da chancela do curso, por referir-se a uma Instituição forte e renomada, bem como, em processo de expansão e crescimento, logo, fatores muito importantes para que a minha decisão fosse tomada no sentido de ingressar no Mestrado Profissional em Gestão Empresarial / Mestrado em Administração, curso este, inclusive, que tem a marca do pioneirismo dentre as faculdades privadas do estado de Pernambuco e do nordeste do Brasil.

A realização deste Mestrado, no que se refere ao contexto da minha vida pessoal ocorreu num momento muito particular, pois esteve associado a um processo de resignificação pessoal e profissional, como também, de reorganização familiar pelo qual passei, logo, condições bastante adversas e desfavoráveis que acabaram por me exigir bastante em todos os aspectos. Todo esse processo deveu-se a vários fatores, dentre os quais posso destacar a minha idade, considerando que ingressei no Mestrado com 35 anos e hoje estou com 38, período este caracterizado pelo redimensionamento e redirecionamento da minha vida com vistas a dar a ela novas possibilidades e acima de tudo, uma nova perspectiva de futuro.

Um outro fator foi a minha formação acadêmica de graduação e especialização ter ocorrido numa área também muito rica em muitos sentidos, igualmente a do Mestrado, porém, diferentemente deste ocorreu em Educação Física, cursos esses feitos na Escola Superior de Educação Física – ESEF, da Universidade de Pernambuco – UPE, no período que compreende o final da década de oitenta e o início da década de noventa, formação esta que me permitiu atuar profissionalmente pelos anos subseqüentes.

Além desses fatores, é oportuno sublinhar que no ano anterior ao meu ingresso no MPGE, em 2004, cumpri uma candidatura ao cargo eletivo da Câmara Municipal da Cidade do Recife, ou seja, fui candidato a Vereador da Cidade do Recife, experiência positiva, porém, muito desgastante em todos os sentidos. Todo este processo ocorrido nesse período recente demandou de mim muitos recursos em todos os âmbitos, dentre os quais posso destacar a superação, a auto-confiança e o equilíbrio emocional que precisei dispor para alcançar os meus objetivos e, acima de tudo, concluir este período com muita determinação e sob a ótica principal da conclusão do mestrado e da elaboração da minha dissertação.

Vale a pena ressaltar que anteriormente a realização deste Mestrado em Administração, freqüentei por um semestre duas disciplinas do mestrado em Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, na condição de aluno ouvinte, uma delas, inclusive, que teve como conteúdo principal a questão da subjetividade e da ética na perspectiva de Levinas, conhecimento este, inclusive, de muito valor e significado acerca do momento atual pelo qual estamos passando e sobre o mundo contemporâneo.

Portanto, o conseqüente cumprimento do programa do Mestrado em tela deveu-se pelos fatores descritos e, ainda, pelo excelente nível do seu corpo docente e da sua coordenação, através dos seus professores e gestores do Curso, bem como, pela própria estruturação curricular do mesmo e do objeto de estudo das suas disciplinas, todas elas de excelente nível, muito bem selecionadas e abordadas de forma atual, acadêmica, social e contemporaneamente contextualizadas.

É importante dizer que tanto o processo seletivo do Mestrado quanto o período inicial do curso foi constituído de muitas expectativas que são inerentes ao nosso próprio desempenho, como também, ao ambiente do mestrado, ou seja, a adaptação necessária ao grupo discente, ao corpo docente, às disciplinas e aos métodos de ensino, e ainda, ao curso e a sua relevância para o nosso desenvolvimento profissional, enfim, exigiu de nós adequação a uma nova casa.

Durante todo esse período acabamos por passar por uma verdadeira transformação interna que tem como cerne a questão conceitual e comportamental, e que acaba por se estender até o final do mestrado, numa relação intensa de troca de experiências com todo o ambiente externo que nos cerca, ambiente este que também se beneficia em seu processo de qualificação a partir de todas as contribuições que são dadas ao longo do Mestrado e através dos nossos respectivos trabalhos acadêmicos.

Passado o período inicial de adaptação e simultaneamente ao cumprimento dos créditos e das disciplinas, inicia-se a elaboração da idéia de pesquisa e do projeto de pesquisa, a partir do problema e da pergunta de pesquisa a ser respondida, que, conjuntamente ao projeto em si, preliminarmente preparado, vai sendo apresentado e melhorado durante os três seminários de pesquisa que são realizados ao longo dos três semestres de estudos, ou seja, o foco passa a ser a elaboração do projeto de pesquisa, sua finalização e apresentação à comunidade acadêmica. Concluídas as disciplinas e finalizado o mesmo, cumpre-se uma etapa que é a qualificação deste projeto, que no meu caso se deu ao final do segundo ano do Mestrado, ou seja, em dezembro de 2006.

Em seguida, realizei a coleta dos dados necessários a responder aos objetivos da pesquisa. Os mesmos foram obtidos através dos questionários aplicados na amostra de empresas conveniadas com o Cefet/PE e respondidos pelos egressos da Instituição e pelas suas respectivas chefias imediatas.

Vale ressaltar que são nas empresas os locais para onde a mão-de-obra qualificada nas instituições se encaminha após concluir a sua formação acadêmica e profissional, ou seja, em atendimento à demanda produtiva requerida pelo mundo do trabalho e pelo mercado de trabalho em processo de expansão e de crescimento, logo, o lócus e o ambiente fundamental onde é gerado trabalho e renda, fatores esses que são os responsáveis por gerar dignidade para as pessoas e para o trabalhador, imprescindíveis para o desenvolvimento do país.

Este foi, portanto, o ambiente para onde a minha dissertação se voltou, procurando acima de tudo contribuir para o engrandecimento das empresas e do Cefet/PE, gerando afirmação, soerguimento e nivelamento quanto a algumas questões inerentes às Instituições de um modo geral, e particularmente quanto aos aspectos que se relacionam com os desempenhos pessoais, profissionais, e ainda referente à importância da participação geral dos funcionários egressos do Cefet/PE no desenvolvimento das mesmas, bem como, quanto aos seus níveis de satisfação com a Instituição e com o mercado de trabalho.

Após a coleta dos dados, foi feito a tabulação e a análise dos mesmos para em seguida realizar a elaboração e a redação final da dissertação, tendo como eixo o projeto de pesquisa já apresentado e que teve como objetivo analisar a contribuição do Cefet/PE e a sua importância a partir dos seus egressos para o desenvolvimento das empresas que estão conveniadas com a Instituição e que se localizam na Região Metropolitana do Recife. Fizemos, ainda, uma análise do nível de satisfação dos egressos com a Instituição, considerando para isto o contexto do ambiente educacional, profissional e do mercado de trabalho, chamando a atenção principalmente para a necessidade de uma boa qualificação profissional com o objetivo de atender satisfatoriamente à demanda produtiva local e com vistas ao desenvolvimento sustentável do país.

Vale ressaltar que acabei por fazer uma adequação do Mestrado e de sua natureza à realidade e às características da Instituição onde leciono, ou seja, fazendo um casamento entre a Educação, a Qualificação Profissional através da Educação Profissional e Tecnológica que o Cefet/PE oferece, os egressos da Instituição e o mundo do trabalho, o que compreende um vasto campo de abrangência e de atuação voltado para os recursos humanos das empresas e relativamente ao ambiente macroeconômico onde as mesmas estão imersas.

Gostaria de registrar a admiração que sempre tive para com os administradores e gestores, particularmente quanto à versatilidade com que atuam profissionalmente e a forma com que se relacionam com todos os ambientes ao seu redor, sejam eles, internos e quanto aos seus funcionários, sejam externos e quanto aos fornecedores e clientes, bem como, quanto a todas as responsabilidades impostas às empresas nos dias atuais. Além disto, a capacidade de gerir pessoas, processos, procedimentos, recursos, oferecendo produtos e serviços de qualidade, e ainda, cumprindo com a sua finalidade e missão perante a sociedade é uma grande virtude e tarefa. Portanto, as demandas a serem atendidas são muitas e acabam por produzir muita inteligência daqueles que gerem as suas empresas e os seus próprios negócios. Logo, a minha grande admiração pela administração enquanto ciência e instrumento de gestão que congrega e agrega valor e conhecimentos de outras tantas áreas do conhecimento.

O que fiz relativamente ao meu trabalho acadêmico foi colocar a serviço dele e da sociedade, como um todo, o meu conhecimento disponível relacionado ao tema, bem como, aqueles adquiridos ao longo do Mestrado, utilizando-me ainda de toda a experiência produzida ao longo da minha vida pessoal e profissional para finalizá-lo de uma forma agradável e propositiva.

É bom lembrar que o Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco – CEFET/PE é uma instituição com 98 anos de existência, que forma em torno de 600 egressos por ano, de onde fui aluno há 25 anos atrás e onde sou professor há 10 anos, inclusive, estando no momento muito satisfeito por servi-la com os meus conhecimentos e percebendo que a mesma se consolida cada vez mais quanto ao cumprimento de sua missão para com a sociedade pernambucana e aos serviços prestados por ela ao longo do tempo.

Procurei, acima de tudo, enaltecer a Instituição e os seus egressos, bem como, em tese, todas as demais Instituições, com vistas à continuidade do progresso do país.

Pretendo, a partir daqui, ir contribuindo com o Cefet/PE ao longo do tempo e no processo atual de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, bem como, no processo em curso de transformação dos Cefet´s em Ifet´s - Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.

Além disso, pretendo utilizar o meu trabalho ao longo da minha vida atual e futura, tendo-o como referência para mim mesmo na medida que ao fazer um trabalho como este e com essas características acabamos por incorporá-lo e estando o mesmo à disposição para quem dele prescindir. Além disso, dispor o banco de dados obtido através da aplicação dos questionários e durante a coleta dos dados para a realização de trabalhos com fins de interesse público e social como o que foi realizado neste Mestrado.

Concretamente, verifica-se que ao longo de um processo como esse gera-se uma grande possibilidade de crescimento e de desenvolvimento pessoal e profissional, numa perspectiva ampliada, seja para o engrandecimento do Cefet/PE e das demais Instituições de ensino, seja para o engrandecimento das empresas de um modo geral, seja para contribuir com o poder público no sentido de subsidiar as suas ações e políticas públicas, considerando que o trabalho serve de parâmetro para outros trabalhos acadêmicos e para os gestores como um todo.

Ao final e ao cabo, o que pretendíamos foi alcançado, ou seja, servir ao país, enaltecendo esforços e propondo melhorias para que possamos usufruir de dias futuros melhores, especialmente, com melhor qualidade de vida para todos nós que integramos a sociedade brasileira.

Por fim, gostaria de dizer, sem medo de errar, que existem dois sentimentos que são essenciais nos dias atuais, que são restauradores e devem guiar-nos em todos os momentos, além do mais precisam ser enaltecidos e lembrados neste momento, que são o amor e a compreensão, pois sem o cultivo dos mesmos, nós, humanos, não conseguiremos sobreviver.

Todavia, além destes sentimentos fundamentais para a nossa sobrevivência no planeta Terra, é muito importante que consigamos concretizar condições materiais favoráveis ao desenvolvimento do país, gerando, acima de tudo, qualidade de vida para toda a sua população de um modo geral e, principalmente, novas oportunidades para as gerações futuras, em particular.



sábado, 3 de maio de 2008

Turma 1 - Heleny Almeida

Turma 1 - A Experiência de Realizar um Mestrado
Heleny Almeida


A preocupação com aquisição de conhecimentos e o gosto pelo ato de estudar sempre esteve presente em toda a minha vida. O interesse pelo ensino também sempre foi muito forte. Ainda criança, adorava brincar de escola, atuando como professora. Aos 11 anos, cheguei a alfabetizar uma empregada da minha mãe, o que me trouxe uma satisfação incrível. Como casei e fui mãe muito cedo, 17 anos, tendo que assumir minha vida só, pois morava numa cidade distante dos meus pais, terminei o segundo grau e só voltei a estudar quando as crianças já estavam em idade escolar. Inicialmente fazia cursos que não me tomavam muito tempo: inglês, datilografia, taquigrafia, correspondência comercial, etc. Apenas aos 27 anos, retomei a minha formação acadêmica. Ingressei na faculdade de letras da UFRN. Faltando apenas um período para concluir o curso com bastante êxito, com convite de uma professora para me orientar no mestrado, meu marido foi transferido para o Rio de Janeiro. Foi a minha primeira frustração relacionada à realização de um mestrado. Na época, era apaixonada por lingüística, tirando sempre notas máximas em todas as avaliações e com bastante curiosidade para aprofundar os estudos na área. O curso de letras no RJ tinha um currículo bastante diferente. A UFRJ contabilizou mais três anos e meio para que eu o concluísse. Fiquei bastante desmotivada e resolvi ingressar no mercado de trabalho. Passei a trabalhar como auxiliar administrativo em um hospital que tratava de câncer ginecológico no Rio de Janeiro e a estudar numa faculdade privada que oferecia o curso no turno da noite. Minhas atribuições no emprego eram, dentre outras, receber as pacientes de primeira vez, abrir os prontuários e encaminha-las para consulta. Era um serviço simples e repetitivo, mas que necessitava de vários conhecimentos técnicos – português, datilografia – e também comportamentais – atendimento ao público. Observava, muitas vezes, a maneira grosseira como algumas colegas de trabalho atendiam às pacientes e já pensava como necessitavam de um treinamento. Cresci no trabalho, fui promovida através de aprovação em concurso interno, tornei-me chefe substituta. Ao concluir o curso de letras já não tinha grande interesse pelo magistério, principalmente em razão dos baixos salários oferecidos à categoria. Em 1994, meu marido foi transferido para o Recife e comecei a trabalhar na área de desenvolvimento de Recursos Humanos que é muito ligada ao ensino, satisfazendo, assim, a minha vocação. Fui também aprovada em concurso público para atuar na mesma área com cargo de nível superior. A carreira, por sua vez, dava incentivo à realização de cursos, principalmente mestrado e doutorado. Foi quando, pela segunda vez, decidi realizar um mestrado, desta vez, em administração. Teria que ser um mestrado profissional, pois não tinha tempo para dedicação exclusiva – não podia nem queria me afastar do trabalho. Surgiu a oportunidade e me submeti à seleção. Aprovada em todas as etapas solicitei aos meus superiores liberação parcial do trabalho, assim como pagamento do curso. Fui atendida, em parte, nas minhas reivindicações. Podia ir às aulas e o curso iria ser pago. Ocorreu, no entanto, que além do curso não estar atendendo às minhas expectativas, as minhas atribuições na instituição não foram reduzidas. Ao contrário, a cada dia surgiam novas demandas. A responsabilidade começou a pesar. Tinha que dar conta do trabalho e do curso que estava sendo pago pela instituição.Não conseguindo conciliar tudo, resolvi desistir. Foi a segunda frustração por não realizar o mestrado. Resolvi mudar o foco. Comecei a estudar para realizar concurso público para o poder judiciário, onde os salários são maiores do que no executivo, onde atuo. Assim, com um aumento no salário, compensaria a gratificação de mestrado que não iria receber. Além disso, continuaria dando vazão a minha ânsia de adquirir novos conhecimentos. Consegui aprovação em vários concursos. Cheguei próxima da nomeação em alguns. Já estava bastante preparada e a cada novo concurso, a classificação era melhor. Ocorre que, sendo nomeada, deveria assumir a função em cidades do interior de Pernambuco. Como tenho muitos problemas familiares que me impossibilitam o afastamento da cidade, desisti de estudar para concurso e, novamente, retomei o projeto de realizar um mestrado aqui mesmo em Recife. Não aventei a possibilidade de inscrição numa universidade pública por não me considerar com o perfil adequado para tal. Foi nessa época que surgiu a chance de realizar um mestrado em administração da forma que eu considerava adequada para mim: totalmente financiado por mim mesma – para tirar o peso da minha instituição estar envolvida –; com um horário conveniente – só iria tomar uma tarde do meu expediente -; e com a possibilidade de desenvolver um trabalho que pudesse ser aplicado no meu dia à dia profissional. Conversei com os meus superiores e mais uma vez, fui apoiada em tudo, desta vez, inclusive com promessa firmada de não aumentarem as minhas atribuições. Importante salientar que por vezes, houve tentativa de descumprimento da promessa firmada, sob alegação de que só eu tinha experiência acumulada para realização das demandas surgidas. Fui, no entanto, firme no meu propósito e aprendi a dizer não – coisa rara até essa etapa de minha vida profissional. Claro que tive que pagar um ônus para seguir minha determinação - tive minhas notas na avaliação de desempenho rebaixadas principalmente no item de comprometimento organizacional. Mas, como tudo não pode ser perfeito, aceitei e prossegui.
O processo de seleção foi iniciado com a prova de inglês no ABA. Havia estudado inglês durante muitos anos da minha vida, mas já estava sem contato com a língua há bastante tempo. Consegui, então, aprovação com nota 7. Não fiquei muito feliz, pois não conhecia o potencial dos outros candidatos e sempre me cobrei muito em relação a avaliações. A busca sempre foi pelas notas máximas como garantia de ter adquirido o máximo do conhecimento. Mas não havia o que fazer. O tempo havia sido curto para fazer uma revisão maior do programa. Fui, então, para a primeira reunião de esclarecimento com a professora Sonia Calado, coordenadora do mestrado da Faculdade de Boa Viagem. Foi “amor a primeira vista”. Nunca havia conhecido alguém com um entusiasmo tão contagiante, brilhante, convincente e clara na exposição. Tirei todas as minhas dúvidas em relação ao mestrado, às outras etapas da seleção, e sai de lá, apesar de um pouco receosa pela concorrência, certa que desta vez estava no caminho certo. Realizei a prova escrita sem maiores dificuldades. Havia lido bastante sobre o tema escolhido. A linha era gestão de pessoas. A última etapa foi a entrevista. Já foi uma prévia do que seria a defesa. Sentei-me diante de um “paredão” de quatro doutores. O nervoso era grande. As perguntas se sucederam. No final, pediram para eu dizer o porquê eles deveriam me selecionar, que argumentasse ao meu favor. Na minha mente só veio a experiência da tentativa de cursar o mestrado anteriormente e a minha desistência. Ainda era uma ferida aberta. Por fim, respondi que eles deveriam confiar em mim porque além de estudiosa eu era determinada e não iria decepcioná-los. Lógico que eu joguei, pois nem eu mesma tinha certeza disso. Eu tinha muita certeza do que queria, mas não sabia se conseguiria, ainda era um desafio para mim. Após alguns dias de expectativa e tensão, recebi o e-mail da professora Sonia, comunicando que eu havia sido aprovada, dando os parabéns e orientando para a matrícula. Não preciso dizer como fiquei feliz. Havia conseguido mais uma chance de provar para mim mesma do que eu era capaz e realizar o sonho acalentado durante tantos anos. Não era uma questão de querer exercer o magistério e sim de obter além do título, que é muito importante para minha carreira, adquirir conhecimentos novos, úteis para minha vida profissional.
O primeiro contato com a turma, diferente da experiência anterior, foi maravilhoso. Pessoas bem preparadas, mas muito simples, alegres e cordiais. Rapidamente me entrosei e fiz amigos. A disciplina que abriu o mestrado, Comportamento Organizacional, ministrada pela professora Sonia, tinha tudo de bom. A didática da disciplina não poderia ser melhor. A turma foi dividida em duplas que a cada aula apresentavam, de acordo com roteiro elaborado por Sonia, um capítulo do livro adotado e artigos pertinentes ao tema em estudo. Assim, o aprendizado era em cima do conteúdo e também da metodologia. Seguia-se a discussão do assunto. Eram momentos de puro deleite, principalmente durante as intervenções de Sonia, esclarecendo os pontos obscuros. Importante evidenciar a riqueza dos novos conhecimentos complementares adquiridos por força das obrigações do curso: programas de informática do power point, excel, exercício do inglês já que todos os artigos eram em inglês. No início as dificuldades eram grandes, mas no decorrer, cada novo desafio superado era motivo de grande satisfação e prazer. Esperava ansiosamente pelos dias de aula que traziam muita felicidade. Lembro, em particular, de um sábado, em que teríamos aulas durante todo o dia. Caiu uma chuva que alagou tudo nos deixando literalmente ilhados, impossibilitados de sair para almoçar. Sonia, imediatamente deu a solução: pediu comida pelo telefone e almoçamos todos juntos na maior alegria. No final da tarde, a chuva já havia passado e pudemos retornar aos nossos lares tranqüilamente, mais ricos em informações. Outra disciplina que também nos ajudou muito foi a do professor James – metodologia científica. Costumávamos nos reunir em grupo para preparar os questionários do livro adotado. Era uma turma muito unida que gostava de dividir o conhecimento. Vale registrar, ainda, o impacto causado pela primeira aula de estatística que tivemos. Realmente foi um choque, pois não conseguíamos entender nada. O professor que ministrou a referida aula, no entanto, para o nosso bem, resolveu desligar-se da faculdade e foi substituído pelo professor Régis que, apesar da própria natureza difícil da disciplina, conseguiu que aprendêssemos muitas coisas.
Uma outra dificuldade foi escolher o tema do projeto de dissertação dentro daquele universo fascinante de assuntos. Após levar várias sugestões para meu orientador, professor James Falk, que sempre as enriquecia acrescentando algum comentário, optei por trabalhar a “satisfação com o trabalho” Como gestora, sempre fui curiosa sobre assuntos relacionados à motivação e à satisfação do trabalhador. Talvez por estar inserida numa instituição pública onde tinha a percepção de pessoas desmotivadas e insatisfeitas com o trabalho. Queria estudar algo que pudesse ser aplicado em minha rotina profissional. A partir dessas reflexões, surgiu a minha pergunta de pesquisa: “Que fatores intrínsecos e extrínsecos estão relacionados à satisfação com o trabalho?” E aí defendi o pré-projeto para uma banca composta de quatro doutores. Foi outro grande desafio vencido. Além de funcionar como ensaio da defesa final, com tempo computado e toda a turma presente, os comentários pertinentes da banca serviram por demais para enriquecer o projeto. Concluído o projeto final, mais uma vez defendido e aprovado, parti para a coleta de dados, análise e finalização do relatório. Estávamos em dezembro de 2006 e já tínhamos a primeira aluna a defender a dissertação, concluindo o curso. Como minha população eram os próprios servidores da instituição em que trabalho, não tive dificuldades nessa etapa. A minha dificuldade surgiu em decorrência de um câncer de cérebro que acometeu um irmão meu muito querido e que o vitimou em cinco meses. Foi um período muito difícil em que não conseguia raciocinar nem produzir nada. Não gostava de falar no assunto, pois estava muito fragilizada pelos acontecimentos. Fingia que estava tudo bem. Ainda bem, que já havia concluído as disciplinas obrigatórias e defendido o projeto. Se assim não o fosse, talvez não tivesse conseguido a vitória final. Entreguei a versão final, após inúmeras idas e vindas ao meu orientador, no último dia do último mês concedido para entrega sem sanções. Por problemas de agendamento de membros da banca, a defesa só foi realizada dois meses depois. Não levei convidados. Nem marido, nem filhos. Era um momento só meu. Tinha que vencer esse último e grandioso desafio. As pessoas que vinham falar comigo, desculpando-se por não poderem estar presentes, eu dava graças a Deus. Como a defesa é pública, mandei preparar um coffee break para a banca e para aqueles que comparecessem. Fui abençoada. Deus ouviu minhas preces. Só estávamos presentes, eu, a secretária e a banca. Apresentei com a maior tranqüilidade. Depois até me arrependi por não ter convidado ninguém. E para minha surpresa, fui aprovada com distinção. Difícil lembrar outro momento da minha vida em que fui tomada por um sentimento de felicidade tão grande. Saí dali leve como uma pena com a sensação do dever cumprido. Parecia que tinham tirado toneladas de cima de mim.
E agora? Penso que foi uma experiência bastante positiva, não apenas pela obtenção de um dos requisitos necessários para ascensão na minha carreira, mas, principalmente, pelo amadurecimento profissional obtido em razão do conhecimento científico adquirido. Devo dizer, ainda, que não é fácil. Os caminhos para atingir o objetivo são muito tortuosos, principalmente porque exigem dedicação, determinação, renúncia, saúde física e equilíbrio emocional, dentre outras coisas. Só posso agradecer a Deus por me ter dado tudo isso. Venho, também, tentando tirar proveito dos pontos positivos e modificar os negativos identificados nos resultados de minha pesquisa. Não é um trabalho fácil, pois não depende só de mim. Mas acredito ser apenas uma questão de tempo. Logo terei realizado todas as mudanças necessárias à melhoria da satisfação dos servidores de minha instituição. E por fim, dizer que não vou ficar por aqui. Pretendo dar continuidade aos meus estudos, ingressando, na primeira oportunidade, no curso de doutorado.

Turma 1 - Egressos

Abaixo estão, por ordem alfabética, os nomes dos egressos da Turma 1, com quem certamente aprendemos muito. Peço a todos(as) que encaminhem seus depoimentos para o site e para o livro "Turma 1 - A Experiência de Realizar um Mestrado"

  • Alexandre Souto Ferraz
  • Ana Carolina Peixoto Medeiros
  • Arnaldo Fernando Lopes Maçaira
  • Betânia Flávia Cavalcanti Galindo
  • Carlos Roberto de Goes Hinrichsen
  • Cristiane Maria Pereira Conde
  • Danielle de Medeiros Jar e Silva
  • Djailton Pereira da Cunha
  • Elda Lúcia Paiva Madruga
  • Elizabeth Sá de Souza
  • Gilberto Imbrósio Oliveira
  • Heleny Mª Costa de Almeida
  • Lorena Bezerra da Silva
  • Luiz Carlos Dias
  • Luiz Roberto Porto Coimbra
  • Maria da Conceição de Moraes Costa
  • Maria de Fátima da Nóbrega Bezerra
  • Marisilvia Agle Gomes Dias Costa
  • Mateus de Lima Soares
  • Mônica Figueiredo de Melo
  • Mônica Monteiro Liausu Cavalcanti
  • Sandra Barbosa Camelo
  • Simone Savi Ferreira da Costa